O dia 9 de novembro de 2022 se tornou uma data mais triste para o Brasil. No fim da manhã desta quarta-feira, de forma repentina, foi comunicada a morte de Gal Costa, aos 77 anos. A causa do óbito não foi divulgada.

Soteropolitana nascida em 26 de setembro de 1945 e batizada Maria das Graças Costa Penna Burgos, Gal Costa foi uma das maiores cantoras que este país já produziu. Mulher de voz doce e posições firmes, ela se tornou um dos principais expoentes da música popular no Brasil ao longo de mais de 50 anos de carreira.

Do seu surgimento como artista popular, nos anos 1960, ao lado de seus conterrâneos Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil, a seu último show, no Coala Festival, em setembro deste ano, Gal nunca deixou de estar ativa na cena musical brasileira. Com grande talento e versatilidade, ela foi capaz de cantar vários estilos e se consagrou como um dos grandes nomes da MPB, por meio de trabalhos aclamados pelo público e pela crítica.

Recentemente, Gal havia passado por uma cirurgia para a retirada de um nódulo nasal. Contudo, ela ainda mantinha uma agenda cheia de shows (deveria ter participado, inclusive, do Festival Primavera Sound, no último fim de semana), a qual estava temporariamente interrompida, mas que já tinha marcadas apresentações para dezembro e janeiro. Além disso, Gal vinha gravando duetos com diversos artistas da nova safra, como Criolo, Seu Jorge e Zé Ibarra.

A perda de uma artista do tamanho de Gal Costa é algo irreparável para nossa cultura, tão desvalorizada em tempos recentes, e para a música como um todo, que tinha na baiana uma de suas maiores intérpretes. Que sua obra seja devidamente apreciada, eternizando assim uma das maiores vozes brasileiras em todos os tempos.